BRASIL REGISTRA RECORDE DE FEMINICÍDIOS E CHEGA A 4 MORTES POR DIA EM 2024
- GUIA MIRAI
- há 1 dia
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O Brasil alcançou um dado alarmante no combate à violência contra a mulher, com um aumento significativo no número de feminicídios em 2024. De acordo com o Mapa da Segurança Pública de 2025, divulgado pelo Ministério da Justiça nesta quarta-feira (11), o país registrou 1.459 feminicídios no ano de 2024, o maior número da série histórica. Esse dado equivale a uma média de quatro mulheres mortas por dia, uma marca devastadora e que reflete a crescente escalada da violência doméstica e de gênero no país.
Esse aumento no número de feminicídios representa uma tragédia contínua que impacta a sociedade brasileira, colocando o Brasil em uma posição alarmante no ranking de violência contra a mulher, não apenas no contexto latino-americano, mas também mundial. O feminicídio, definido como o assassinato de mulheres por razões de gênero, continua a ser um dos crimes mais graves enfrentados pelas brasileiras, e o crescimento desses números revela a urgência de ações mais eficazes para combater a violência doméstica e fortalecer as políticas públicas de proteção à mulher.
O número de 1.459 feminicídios em 2024 é um reflexo da falência de diversas estruturas de apoio e da normalização de comportamentos abusivos que ainda permeiam muitas relações familiares e afetivas. O aumento de casos de violência contra a mulher também está diretamente ligado a uma falha nas políticas públicas de prevenção e atendimento à mulher vítima de violência, além de uma cultura de impunidade que ainda predomina em várias regiões do país.
Em termos geográficos, os estados que mais contribuíram para esse aumento alarmante de feminicídios são os que enfrentam maiores dificuldades em termos de segurança pública, políticas de proteção à mulher e cultura de conscientização sobre os direitos femininos. No entanto, não é apenas em regiões de alta vulnerabilidade social que a violência contra a mulher tem se intensificado; grandes centros urbanos, onde a percepção de segurança é maior, também apresentaram aumento nos números de homicídios femininos.
O número de feminicídios em 2024 também reflete uma tendência preocupante em relação aos tipos de violência sofridos pelas mulheres. Além dos assassinatos, muitos casos envolvem situações de violência física e psicológica que, por muitas vezes, antecedem o feminicídio. O ciclo de violência doméstica é uma realidade para milhões de mulheres brasileiras, sendo necessário um esforço coletivo para interromper esse ciclo e garantir a segurança e a dignidade das vítimas.
Diante desse cenário, especialistas e defensores dos direitos das mulheres pedem que o Brasil adote políticas públicas mais eficazes e que haja um investimento real em medidas preventivas, como a educação sobre igualdade de gênero, campanhas de conscientização e o fortalecimento dos serviços de apoio às mulheres vítimas de violência. Além disso, é fundamental que as autoridades policiais e o sistema judiciário garantam punições mais rigorosas para os agressores e criem mecanismos de proteção mais eficientes para aquelas que denunciam os abusos.
O caso do feminicídio no Brasil é uma questão que exige a união de esforços em todas as esferas da sociedade — governamentais, jurídicas, educacionais e comunitárias. Apenas com políticas integradas e ação conjunta será possível combater a violência de gênero e garantir um futuro mais seguro e igualitário para as mulheres brasileiras.
O Brasil precisa urgentemente de ações concretas que mudem essa realidade, reduzam os índices de feminicídios e promovam a igualdade de gênero de maneira ampla e permanente. Mulheres têm o direito à vida, à liberdade e à dignidade, e cabe a todos nós assegurar que esses direitos sejam respeitados e defendidos.
GUIA MIRAÍ