DIRETORIA É DESTITUÍDA E NOVA INTERVENTORA É NOMEADA APÓS PREFEITO DE MIRAÍ DECRETAR INTERVENÇÃO NO HOSPITAL DO MUNICÍPIO
- GUIA MIRAI
- há 4 dias
- 2 min de leitura
Medida emergencial destitui diretoria e nomeia comissão interventora para istrar hospital por 180 dias

O prefeito de Miraí, Adaelson Magalhães, decretou neste domingo, 18 de maio, uma intervenção municipal no Hospital Casa de Caridade São Vicente de Paulo, popularmente conhecido como Hospital de Miraí. A medida, que terá validade inicial de 180 dias, foi oficializada por meio do Decreto Municipal nº 67/2025, publicado no último dia 16.
A ação foi classificada como uma resposta emergencial à situação crítica da unidade hospitalar, e o decreto declara "estado de perigo público e urgência na rede hospitalar do município de Miraí". A intervenção foi anunciada de forma direta: o próprio prefeito entrou na unidade de saúde, acompanhado por seguranças, para comunicar oficialmente a destituição da diretoria e a posse da nova equipe interventora.
A enfermeira Sheila de Oliveira Ferreira foi nomeada interventora do hospital. Ela será acompanhada por uma comissão composta por Lisandra Braga Susana Vilas, Fabiana Barbosa Costa Marchitto, Maria de Fátima Alvim Vargas Gonçalves e Gabriel Milani Resende.
O grupo será responsável por diagnosticar a situação da instituição, regularizar pendências e implementar melhorias operacionais e assistenciais. Segundo o artigo 5º do decreto, a medida busca evitar o colapso dos atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e garantir a continuidade dos serviços essenciais de saúde para a população.
Assista o vídeo do prefeito de Miraí
Entre os principais objetivos definidos pelo decreto estão:
1. Reestruturação do perfil assistencial médico-hospitalar, com foco na humanização, gratuidade e universalidade do atendimento, conforme os princípios do SUS;
2. Apresentação de diagnóstico operacional, econômico e de gestão da instituição;
3. Regularização dos serviços com inconformidades técnicas, sanitárias e operacionais;
4. Criação de novos regramentos para a posterior finalização da intervenção.
Em vídeo publicado em suas redes sociais, o prefeito explicou que a intervenção foi uma tentativa de evitar o fechamento definitivo da única unidade hospitalar da cidade. Segundo ele, a Casa de Caridade tem sido alvo de frequentes fiscalizações por parte dos órgãos estaduais de saúde, que identificaram irregularidades graves no funcionamento da instituição.
Adaelson destacou ainda que o hospital foi alvo de uma Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). O processo resultou em um acordo judicial que previa reformas e adequações urgentes, que não foram cumpridas pela gestão da entidade.
“Nos últimos anos, a Casa de Caridade tem sido alvo de fiscalizações constantes dos órgãos de saúde do estado, que têm identificado diversas irregularidades que comprometem o adequado funcionamento da unidade”, afirmou o prefeito. “A gestão do hospital não tem cumprido as determinações dos órgãos de fiscalização tampouco o compromisso firmado com o Ministério Público”, completou.
Com a intervenção, o então provedor da Casa de Caridade, Célio Márcio, foi destituído do cargo. A reportagem tentou contato com ele para comentar a situação, mas até o momento da publicação não houve retorno. O espaço permanece aberto para eventual manifestação.
O prefeito também divulgou um vídeo, neste domingo (18), detalhando todo o processo de intervenção, reforçando o compromisso da atual istração com a transparência e a responsabilidade na gestão da saúde pública.
GUIA MIRAI