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GRIPE AVIÁRIA: NOVOS DESAFIOS SÃO IMPOSTOS AO BRASIL NO COMBATE A CRISE SANITÁRIA

  • Foto do escritor: GUIA MIRAI
    GUIA MIRAI
  • há 3 dias
  • 2 min de leitura

Desde sua identificação inicial na China, em 1996, o vírus H5N1 — causador da gripe aviária — tem sido motivo de preocupação mundial. Altamente transmissível entre aves, o vírus representa uma ameaça severa à indústria avícola global, com potencial para causar prejuízos bilionários e desabastecimento alimentar. O caso mais emblemático dessa devastação é o dos Estados Unidos, onde, desde 2022, mais de 170 milhões de aves foram abatidas para conter a doença, provocando uma disparada de até 80% no preço dos ovos no último ano.


Até recentemente, o Brasil — maior exportador mundial de carne de frango e um dos últimos grandes produtores livres do vírus em granjas comerciais — havia conseguido manter-se imune a surtos em seus plantéis produtivos. No entanto, essa condição mudou. No último dia 15, foi confirmado o primeiro caso de gripe aviária em uma granja no estado do Rio Grande do Sul, quebrando um recorde de resiliência sanitária mantido até então.


Carlos Goulart, secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, já antecipava a chegada da doença: “Não era uma questão de se ia acontecer, mas de quando ia acontecer”. A presença do vírus em aves silvestres no Brasil já havia sido registrada nos últimos anos, o que sinalizava o aumento do risco de contaminação de criações comerciais — especialmente em regiões com alta densidade de produção avícola e presença de aves migratórias.


Com a confirmação do primeiro caso, o governo federal, liderado por Luiz Inácio Lula da Silva, o governo estadual do Rio Grande do Sul, sob comando de Eduardo Leite, e o setor privado intensificaram as medidas de controle sanitário. Barreiras sanitárias foram reforçadas, áreas de contenção foram delimitadas, e o abate sanitário das aves afetadas foi realizado de forma imediata para evitar a propagação do vírus.


Além disso, campanhas de conscientização foram lançadas para que produtores redobrem a vigilância, evitem o contato entre aves comerciais e silvestres e comuniquem imediatamente qualquer sinal de anormalidade em seus plantéis. A rápida resposta brasileira até o momento tem sido elogiada por especialistas, que destacam a importância de manter a credibilidade do país nos mercados internacionais, onde o selo de “livre de gripe aviária” é decisivo para as exportações.


A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) acompanham a situação de perto. Apesar do susto, o Brasil ainda se encontra em uma posição privilegiada: o foco identificado está isolado, e o sistema de vigilância mostrou-se eficaz em detectar e reagir rapidamente ao problema.


O desafio agora é manter o controle e impedir novos surtos. A indústria avícola brasileira movimenta bilhões de dólares em exportações e responde por uma das principais fontes de proteína para milhões de brasileiros. Por isso, o sucesso no combate à gripe aviária será determinante não apenas para a economia, mas também para a segurança alimentar do país.


GUIA MIRAI

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