PROVEDORIA DO HOSPITAL DE MIRAI PRESTA DENÚNCIA SOBRE AÇÕES DO PODER PÚBLICO NA INTERVENÇÃO DO HOSPITAL DE MIRAI
- GUIA MIRAI
- há 3 dias
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Intervenção Polêmica na Casa de Caridade São Vicente de Paulo, em Miraí

No início da noite de domingo (18), uma intervenção inesperada e polêmica movimentou a Casa de Caridade São Vicente de Paulo, em Miraí, na noite do dia 18 de maio de 2025. Segundo registro oficial feito na Polícia Militar, o prefeito municipal, Adaelson Magalhães, teria ordenado e liderado uma ação de intervenção no hospital da cidade — episódio que gerou indignação, denúncias e questionamentos jurídicos.
Por volta das 18h40, o provedor do hospital, Sr. Célio Márcio Recipute Alonso, tomou conhecimento por meio das redes sociais de que o prefeito, acompanhado por escolta armada, estaria arrombando a sala da provedoria do hospital. Ao chegar ao local, Célio afirma ter sido impedido de entrar nas dependências da instituição. Ele relatou à polícia que o prefeito não apresentou qualquer mandado judicial ou documento legal que justificasse tal intervenção ou a restrição de o à diretoria vigente.
O médico plantonista Alexandre Castelar de Lacerda também relatou ter sido impedido de entrar no hospital para assumir seu plantão às 19h. Ele afirmou que foi surpreendido pela equipe do prefeito, que o dispensou sumariamente sem qualquer explicação formal.
Segundo os envolvidos, houve o forçado às salas da secretaria e da provedoria, e não se sabe exatamente quais documentos foram manipulados ou retirados. Ainda mais grave: havia um cofre na sala da provedoria com aproximadamente R$ 24 mil em espécie. Imagens recebidas por advogados mostram o uso de uma serra elétrica, gerando faíscas, para arrombar esse cofre.
A advogada Dra. Gislene do Valle Alonso, presente na ocorrência, afirmou que as câmeras de segurança de todo o hospital foram desligadas antes das ações, o que levanta suspeitas sobre a intenção de ocultar os atos.
No momento da ação, havia pacientes internados e outros aguardando atendimento na recepção, o que levanta sérias preocupações sobre a segurança e a continuidade dos serviços de saúde. O impedimento do médico plantonista de assumir seu turno também configura um possível risco à saúde.
A Polícia Militar registrou a ocorrência e Outras Ações de Defesa Social, qualificando o caso como “consumado”. Os envolvidos foram orientados a buscar providências jurídicas, tendo o boletim sido encaminhado à 29ª Delegacia de Polícia Civil de Miraí para conhecimento e possíveis investigações adicionais.
Além das autoridades hospitalares, o vice-provedor Guilherme Ciribeli de Resende, o tesoureiro Alci Gomes de Souza e a própria advogada Dra. Gislene presenciaram ou acompanharam parte dos fatos e registraram depoimentos. A Secretaria Municipal, por meio da Sra. Andréa, também foi envolvida após receber informações sobre possíveis movimentações em redes sociais incentivando a população a ir até o hospital “arrumar confusão”.
O episódio gerou consternação na comunidade local e levanta sérios questionamentos sobre os limites da autoridade pública e o respeito às instituições filantrópicas. A ausência de mandado judicial, o uso de força armada e a violação de instalações hospitalares podem configurar não apenas abuso de poder, mas também possíveis crimes contra o patrimônio e a istração pública.
Por hora, é aguardado que a Justiça e o Ministério Público investiguem profundamente o caso e garantam os direitos da população e da instituição.
GUIA MIRAÍ